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14 de março de 2009

Brutal !

Eu apanho facilmente os tiques linguísticos de toda a gente, no fim de semana passado foi a palavra brutal, isto é brutal aquilo é brutal... se vocês vissem a queda de água é brutal. Enfim passei o fim de semana nisto.

Como se não bastasse ter apanhado o tique de usar a palavra brutal por tudo e por nada, tivemos mesmo um fim de semana brutal. Senão vejamos:
- Saí de casa ás 5 da manhã no domingo - Brutal!
- Fizemos 1.050 Km (sim, mil e cinquenta quilómetros) de carro, uma boa parte em estrada, que mais parecia picada - Brutal !
- Visitámos as quedas de água de Kalandula (ou Calandula) as segundas maiores de África (segundo algumas fontes) e uma paisagem Brutal.
- Passámos cerca de 15 horas dentro do jipe e eu conduzi durante umas doze - Brutal!

Como o fim de semana era prolongado, decidimos aproveitar para passear, a ideia inicial era ir até ao Huambo mas acabámos por mudar de destino e decidimos ir até Malange.

Ás 5.30 da manhã lá fomos nós para Malange, terra da palanca negra que não chegámos a ver. Nem as palancas nem Malange, uma vez que não chegámos lá, ficámos perto mas não fomos à cidade.

A ideia era ir até Malange e voltar, com passagem obrigatória nas quedas de Kalandula e eu queria também ir a Pungu-a-Ndongo, as celebres (em Angola) pedras onde em tempos idos foi a fortaleza de um dos reinos do território angolano (reis Ngola) e onde segundo a lenda estão marcadas na rocha as pegadas do rei N'Gola Kiluange e da rainha N'Ginga.

Devido à proximidade da barragem de Capanda pensei que fosse possivél ir até lá e tirar uma fotografia. Infelizmente numa altura em que tecnologias como o Google Earth já permitem ter uma vista priveligiada de quase todas as estruturas do mundo e até de Angola, a visita à barragem só pode ser feita com autorização especial.

Saímos pouco depois das 5.30 da manhã e fizemos a primeira paragem no Dondo por volta das 8 horas onde abastecemos os jipes e comemos o "mata-bicho" como se diz por cá.

Seguimos em direcção a Ndalatando, a estrada está razoável sendo a pior parte o troço que está em obras à chegada ao Dondo, não só por causa das obras mas pela falta de sinalização, por vezes é preciso adivinhar por que lado se deve circular. A partir de Ndalatando até a Malange já temos um tapete novo, apenas com um buraco esporádico.

Como mandam as regras dos aventureiros, tínhamos apenas uma amostra de mapa impresso a partir da Internet e umas indicações muito vagas sobre o caminho a seguir... (continua)

2 comentários:

  1. Oi,estou verdadeiramente e positivamente surpreendido com este magnifico blog que deixa qualquer um que não conhece com uma irresistível vontade de conhecer África por outro lado não te conhecia esta veia que eu considero mais uma artéria artística.
    Um abraço .
    Carretas

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  2. Continuas com esse sutaque linguistico "brutal" um abraço BALIZAS

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